CBF estabelece novas normas para Imprensa

Medidas estabelecem número de profissionais de imprensa à beira dos gramados e normatiza o relacionamento com os jogadores. Associação de Cronistas Esportivos participa do processo. No Amazonas, nada mudará por enquanto.

Eraldo Leite, presidente da ACEB, acompanhou de perto o processo junto a CBF

             Com a participação da Associação de Cronistas Esportivos do  Brasil (ACEB), que tem como presidente o radialista Eraldo Leite, do Rio Janeiro, foram estabelecidas, pela Confederação de Futebol, novas diretrizes para o comportamento dos jornalistas dentro do campo nos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro.

            O modelo foi desenvolvido no Estado do Rio de Janeiro e vem sendo adotado e aperfeiçoado desde 2008, alcançando hoje um resultado satisfatório, que levou a Entidade a estendê-lo a todo o Brasil. Basicamente o que se pretende é estabelecer uma norma única de procedimentos para todos os estados, seja na entrada em campo das equipes, seja no trabalho de reportagem de campo.

 

           Os principais pontos do Protocolo por enquanto serão efetivamente adotados somente na Série A do Brasileirão. Mas, serão também implementados em breve nas demais séries da competição. Os pontos principais são os seguintes:

            1) Haverá a criação dos Supervisores de Protocolo. Sempre dois supervisores por jogo: um para cuidar das questões de imprensa, outro para cuidar das questões das equipes, como entrada em campo e outros itens;

            2) Os estádios brasileiros são identificados por dois tipos: Arenas (os estádios modernos, construídos para a Copa) e Não-Arenas (os demais);

            3) Será estabelecido um sistema de Credenciamento de campo, a ser feito jogo a jogo em quatro categorias. Atenção: este credenciamento será apenas para quem vai trabalhar no campo de jogo. As categorias são as seguintes:

            - Categoria 1: TVs Detentoras de Direitos. São subdivididas em duas categorias. As que transmitirão ao vivo terão direito a duas equipes por emissora (Três pessoas por equipe), com direito a entrevistas na beira do campo. E a de engenharia, ou seja, Globo e Sportv, responsáveis pela geração das imagens.

            - Categoria 2: TVs não-detentoras de direitos. Nesse caso, cada emissora terá direito a uma equipe formada por duas pessoas, que gravarão imagens mas somente farão entrevistas na zona mista e sala de imprensa

            - Categoria 3: Rádios. Será permitida a presenta de no máximo 30 repórteres em campo, sendo dois por emissora, que devem ficar posicionados atrás dos gols. As entrevistas de intervalo e ao fim da partida devem ser feitas na zona mista na saída do campo (arenas) ou linha lateral (não-arenas). Atenção: essas entrevistas devem acontecer após entrevistas das TVs ao vivo.

            - Categoria 4: Fotógrafos

            Será permitida a presença de no máximo de 30 repórteres fotográficos em campo, com prioridade para os veículos impressos das cidades envolvidas no jogo. Para o credenciamento destes profissionais será exigida a apresentação da carteira da Arfoc.

            Outras situações:

            Jornalistas de texto, sejam de veículos impressos ou sites, devem ficar na Tribuna, sem acesso ao campo. Neste caso, no entanto, não é necessário credenciamento prévio. O acesso será feito apenas com a apresentação das credenciais ACLEA/ACEB/ABRACE.

            Algumas normas de comportamento também foram estabelecidas. Tais como os atletas não podem ser abordados na comemoração dos gols; Jogadores escalados para o início do jogo não podem ser entrevistados; Equipes de reportagem não podem fornecer informações aos jogadores e técnicos sobre lances polêmicos;

            A Execução do Hino Nacional passa a ser obrigatória em todos os jogos: cinco minutos antes do jogo (em alguns estados também do Hino Estadual, conforme lei estadual). As escalações devem ser divulgadas pelo menos 60 minutos antes do início do jogo.

            As Federações Estaduais de Futebol serão as  responsáveis pela execução destas medidas, agindo em comum com as Associações Estaduais de Cronistas Esportivos.